Só 2% das escolas estaduais são climatizadas, denuncia Bebel

A deputada estadual Professora Bebel (PT) denuncia que apenas 2% das escolas da rede estadual de ensino são climatizadas. O dado foi apresentado durante audiência pública promovida pela parlamentar no final da tarde e início da noite desta última quarta-feira, 12 de março, tendo como tema "Como ensinar e aprender em salas de aula sem condições ambientais no calor extremo?"

Durante a audiência, foi debatida a situação das escolas estaduais e das escolas de forma geral nas condições de emergência climática e altas temperaturas, assim como também a necessidade do estabelecimento de projetos de educação ambiental no currículo escolar. "Trata-se, não apenas de soluções emergenciais, mas de formar consciência para a sustentabilidade ambiental, não apenas nas escolas, mas na sociedade, tal a gravidade deste problema que hoje é estrutural", diz Bebel.

Durante os debates foi enfatizada a necessidade de justiça climática, tendo em vista que os efeitos da emergência climática atingem com mais severidade populações mais pobres e vulneráveis (negros, indígenas, quilombolas, negros, mulheres) que habitam áreas de risco.

"Foi abordada a necessidade de climatizar as escolas e, para além disso, desenvolver novas soluções arquitetônicas para arejamento, ventilação e sustentabilidade ambiental", conta Bebel.

Viviane Vazzi, Coordenadora-Geral de Educação Ambiental para a Diversidade e Sustentabilidade do Ministério da Educação, defendeu que é preciso desemparedar e desconcretar as escolas, como disse. Além dela, participaram como palestrantes Wellington Silva - Diretor do Centro de Planejamento e Acompanhamento de Obras e Serviços de Engenharia – CEPLAE – da Secretaria Estadual da Educação, e Leonardo Musumeci, diretor executivo adjunto do Instituto de Arquitetos do Brasil - departamento de São Paulo.

Durante a audiência, foi ressaltado que apesar de em São Paulo apenas 2% das escolas estaduais são climatizadas, o Ministério da Educação, por sua vez, possui diversos programas na área ambiental, retomados em 2023, com o governo do presidente Lula, que haviam sido descontinuados no governo anterior, que estão contribuindo para reduzir o impacto das mudanças climáticas no país.